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Pedrina Pires Zadra

 

Nos seus primeiros anos de vida, Porto Ferreira teve professores, inclusive alguns leigos, que muitas vezes ensinavam as primeiras letras à luz de lamparina.

Muitos percorriam sítios e fazendas, com muito sacrifício, para alfabetizar.

Pedrina Pires Zadra, a primeira professora


Conhecemos David Zadra, Mané Lavrado e Jorge Martins de Oliveira que por ser comerciante de aves, ganhou o apelido de Jorge Galinha.

Outros nomes chegaram ao nosso conhecimento, alguns diplomados e outros leigos, como: Luiz Cachote, Sebastião Ferraz de Oliveira, João Batista Borges, José Teixeira Franco, João Gonçalves de Andrade, José Olímpio de Oliveira, José de Freitas Cardoso, Corina Maria de Oliveira, Luiz Guilherme Savair, Frederico Barly, Joaquim Freire, Salvador Benigno de Oliveira, Valerio Strang, Alberto Cotrim Dias e Leão Álvares de Oliveira Lobo, que dizem também ter jogado no primeiro time de futebol de nossa cidade.

A primeira professora pública formada (complementarista), foi Pedrina Pires Zadra, que entrou em exercício no cargo, na 1ª Escola Feminina de Porto Ferreira em 4 de março de 1895.

No seu livro de chamada de Dezembro de 1910, o mais antigo que conseguimos, estão os nomes de suas alunas: Augusta Mutinelli, Amélia Mutineli, Laurinda de Jesus, Albertina Ribeiro, Umbelina Pinto, Isaura Pinto, Isolina Petini, Etelvina Petini, Paulina Balbi, Laura Balbi, Natividade Valentim, Anunciação Marbassi, Benedita Conceição, Benedita Manoel, Amélia Araújo, Catarina Losano, Benedita dos Santos, Inácia de Sales, Maria Francisca de Oliveira, Sebastiana de Oliveira, Sofia D. Pulz, Leonídia Zadra, Nadir Zadra, Maria Manoel, Salima Fares e Rosa Fares.

Da. Pedrina nasceu em São Paulo, aos 29 de Junho de 1866.
Já professora pública, com 22 anos de idade, casou-se com o David Zadra, em 30 de Junho de 1888, com quem viveu durante 25 anos. Aconselhada por seu marido, para melhoria de ordenado, prestou novo concurso e, aprovada, passou a ganhar mais trezentos mil réis por ano. Passaram a residir no bairro do Itaupu, em Santo Amaro, nas proximidades da Capital paulista, onde já exercia o cargo de professora pública, desde lº de Agosto de 1885, em que permaneceu até dezembro de 1894. Nessa ocasião, por falta de alunos na escola, resolveram vir para Porto Ferreira, por saberem existir uma escola feminina vaga. Gostando do lugar, melhor do que o bairro de Itaupu, pois, além de outras comodidades, contava "com estrada de ferro à porta".

Por suas atividades, ambos logo se destacaram na vida social ferreirense.

O casal chegou a Porto Ferreira já com três filhos: Inácia, que se casou com Henrique da Mota Fonseca Júnior; Glória, casada com José de Moraes e, Evangelina, com João Bittencourt. Aqui tiveram mais três meninas: Leonídia, que se casou com Adylio Barroso da Silva; Nadir, com Joaquim Rodrigues Ribaldo e Guiomar, com Antonio Rodrigues Ribaldo. A vida de ambos, no início, foi de aperturas e sacrifícios pois, tinham de manter 6 filhas com os poucos recursos que auferiam. Mesmo assim, conseguiram que 4 de­las, se diplomassem como professoras normalistas. Estas, por sua vez, seguindo as pegadas da genitora, até nossos dias aqui lecionaram. É interessante notar, também, que todas suas filhas, com exceção de Da. Evangelina, por razões preponderantes, lhe deram netos e netas que também seguiram a carreira do magistério, como verdadeira prova de índole de educadores de que a família é dotada.

Em 16 de Agosto de 1913, Da. Pedrina tem 45 dias de licença, por encontrar-se gravemente enferma e não mais consegue reassumir o exercício de seu cargo e para consternação de todos, falece a 5 de outubro daquele ano.

No entanto, as alunas de Da. Pedrina não ficaram prejudicadas em seus estudos. Continuaram debruçadas sobre as carteiras escolares, sem interrupção, apenas sentindo vaga saudades da velha mestra, porque ali estava com a mesma fibra, substituindo-a, sua filha Inacinha...

Transcrito do Jornal

"O Ferreirense" de 29 de Julho de 1961 Inaugurada dia 9 de março de 1971, a escola estadual da Vila Sybilla tem o nome de Pedrina Pires Zadra.

A professora Antonia Augusta de Oliveira é sua Diretora desde 1987.
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